Luciana Gimenez elege look a lá Sherlock Holmes para passear por Paris
Apresentadora está prestigiando a Semana de Moda de Paris Na manhã deste sábado (28.09) Luciana Gimenez compartilhou, nos stories de seu perfil do Instagram, um vídeo em que aparece passeando pelas ruas parisienses. A apresentadora de 54 anos está prestigiando a Semana de Moda de Paris, e, cheia de estilo, apostou em um look a lá Sherlock Holmes para o fim de semana.Initial plugin textCaminhar pelas ruas de Paris traz a Luciana Gimenez memórias de quando, ainda adolescente, chegou à Cidade Luz para viver como modelo. Em meio ao charme da arquitetura e do romantismo e o glamour que rondam a capital francesa, ela se deparou com a realidade – cheia de perrengues – de uma iniciante com poucas condições financeiras."Eu era bem novinha e realmente sem dinheiro. A agência me adiantava de acordo com o que eu trabalhasse, mas era bem pouco mesmo, contadinho. Dava apenas para comer pouco e pegar o metrô", lembra. "Se eu pulasse alguma refeição em um dia, tinha mais dinheiro para o dia seguinte. Foi uma época bem difícil." De volta à cidade, onde fará seu retorno às passarelas no próximo domingo no desfile do brasileiro Vitor Zerbinato, Luciana lembra do frio intenso que sentia nos shootings de moda. Lá, aprendeu a ouvir 'nãos'. "Eu morava com a minha mãe, todo mundo falava que eu era bonita, era alta e tal. Cheguei aqui e aí caí do cavalo, porque todo mundo é bonito,", conta. "Levar um monte de 'não' é sofrido. A rejeição, a princípio, te faz um pouco insegura."Na cidade considerada a mais romântica do mundo, Luciana também fala sobre amor. Solteira desde abril, ela diz que não está em busca – mas também não está avessa a um novo romance. "Eu acho que a gente não procura o amor, ele nos procura. Sempre falo que eu não quero mais me apaixonar porque quando acaba vira um sofrimento, sou muito emocionada", confessa. "Olhando para o meu histórico, sou uma mulher que se apaixona muitas vezes e sou dessas que ou gosto muito, ou não gosto nada", conta. "Acredito que ainda vou me apaixonar e curtir minha vida a dois, gosto de ter um parceiro para fazer as coisas básicas, como ir ao cinema. Uma hora eu me apaixono por aí."Veja o bate-papo completo abaixo!Luciana GimenezWhagner Duarte / DivulgaçãoVogue: Você está longe das passarelas há uns bons anos. Como será e o que sente nesse retorno?Luciana Gimenez: Já estou fora das passarelas há muito tempo, depois que eu comecei a trabalhar em televisão eu me mudei para o Brasil e não voltei a desfilar. Fiz alguns desfiles pontuais em São Paulo. Não fiquei muito ansiosa até agora, mas na hora sempre fico nervosa e quero desistir no último momento (risos). Agora estou de boa, vamos ver no comecinho do desfile...Vogue: Qual é sua relação com Vitor Zerbinato?Luciana: O Vitor Zerbinato é uma pessoa que está na minha vida há muitos anos. Ele conta que tinha o sonho de me vestir e logo que eu mudei para o Brasil a gente se aproximou. Gosto muito da personalidade dele, fora que tem um bom gosto incrível, todas as vezes que que eu precisei ele fez muitos vestidos diferentes, bonitos. Acho ele muito muito talentoso e eu faço questão de apoiar os nossos estilistas porque temos que nos unir, não é mesmo?Vogue: Pode contar algo sobre o look que desfilará?Luciana: Estou abrindo e fechando o desfile, o que é uma grande responsabilidade. Um dos looks é um vestido bem longo black tie comprido de brilho e é muito bonito. Tem tudo a ver comigo. Eu acho que o Vitor quando desenhou pensou em mim mesmo.Vogue: Quando você morou em Paris passou algumas dificuldades. Quais os maiores perrengues que enfrentava?Luciana: Quando eu vim trabalhar como modelo era bem novinha e realmente sem dinheiro, vim tentar a vida aqui. A agência me adiantava de acordo com o que eu trabalhava, mas era bem pouco, bem contadinho. O dinheiro só dava para comer e comprar o passe do metrô. Não dava para ir a um restaurante comer, era racionado mesmo. Então se eu pulasse alguma refeição, não jantasse, eu tinha mais dinheiro para o dia seguinte. Eu acho que o frio também foi um perrengue muito grande. Outra coisa que é muito difícil é ir para um lugar novo e não poder comprar nada que você quer. Via Paris com as lojas mais incríveis e realmente não tinha dinheiro para comprar nada. Foi uma época bem difícil, mas quando você tem 17, 18 anos, você tem mais sonhos, então talvez essas dificuldades tenham me feito mais faminta para trabalhar e ter minha independência financeira. Às vezes, a dificuldade te traz mais garra, vontade de vencer e ter um propósito. Luciana GimenezWhagner Duarte / DivulgaçãoVogue: Essa foi sua motivação?Luciana: Eu sempre me virei muito. Nunca fui uma pessoa que fica sentada esperando, vou atrás das coisas que eu quero e acho que essas dificuldades me ajudaram a ser mais assim ainda. Para alguns talvez elas desmotivassem, mas sempre me motivaram. E hoje eu poder passar numa loja e ter um cartão de crédito que eu posso entrar e comprar as coisas que eu queira, é realmente uma vitória. Me sinto orgulhosa de mim mesma. Eu nunca dependi de ninguém, nunca pedi nada pra ninguém. O que tenho hoje não veio de graça, fui eu que conquistei com o meu trabalho, com a minha vontade, com as minhas dificuldades. Isso é um sucesso pessoal. Vogue: Qual foi seu maior aprendizado nessa época?Luciana: Aceitar os "nãos". É difícil aos 16 ou 17 anos chegar nos lugares e as pessoas colocarem defeito: ‘é o nariz, a perna, o peso, o cabelo’, porque eles acabam olhando a mulher como um objeto. Eu saí de uma bolha muito novinha, morava com a minha mãe e todo mundo falava que eu era bonita, era alta e tal. Cheguei aqui e caí do cavalo, porque todo mundo é bonito. Essa rejeição, a princípio, te faz um pouco insegura, mas ao longo da vida você começa a lidar mais com isso. Levar um monte de não é sofrido, mas a gente entende que a vida é mais não do que sim. Vogue: O que mais gosta em Paris hoje em dia?Luciana: A arquitetura, os lugares, os cafezinhos, as pontes, os monumentos, a cidade é lindíssima. Eu sou apaixonada por Paris, eu acho que é a cidade mais linda do mundo. Fico entre Paris e Roma, mas acho que Paris ganha.Vogue: Paris é uma cidade romântica.. Você se considera romântica? Diria que está aberta ao amor?Luciana: Eu acho que a gente não procura o amor, o amor nos procura. Eu sou daquelas eternas apaixonadas. Sempre falo que eu não quero mais me apaixonar porque a paixão em algum momento acaba virando sofrimento, porque sou muito emocionada. Mas olhando para o meu histórico, me apaixonei muitas vezes na minha vida. Acho que mesmo não querendo vou acabar me apaixonando de novo. Não consigo ter um relacionamento com alguém que eu não goste muito, ou gosto muito, ou não gosto nada. Como estou viva, vou em algum momento me apaixonar e curtir minha vida a dois, porque eu gosto de ter um parceiro para fazer as coisas, ir ao cinema, viajar. Uma hora eu me apaixono por aí.Vogue: Quais são seus planos daqui em diante?Luciana: Não faço planos com muito tempo de antecedência. Quero trabalhar bastante, tenho alguns projetos que me interessam na televisão, quero fazer dramaturgia, filmes. Quero viajar com os meus filhos. Meu filho Lourenço está com 13 anos, tenho que aproveitar porque daqui a pouco ele vai preferir estar com as namoradas do que comigo. Estou nesse foco agora. Curtir minha família e trabalhar bastante também.Luciana GimenezWhagner Duarte / DivulgaçãoCanal da VogueQuer saber as principais novidades sobre moda, beleza, cultura e lifestyle? Siga o novo canal da Vogue no WhatsApp e receba tudo em primeira mão!