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Há muito o que se discutir sobre sexualidade , mas um dos temas mais incompreendidos por ignorância, por falta de empatia ou por falta educação sexual é da bissexualidade e pansexualidade. É bem provável que você já tenha ouvido que bissexual é sujeito indeciso ou de que está com receio de revelar que é “sapatão” ou “gay”. A sexualidade é uma das expressões mais interessantes de nossa humanidade.

Sua construção no indivíduo é fruto de muitos fatores: históricos, sociais, culturais e também genéticos. Ela já foi compreendida como "opção sexual" e depois como "orientação", por entendermos que sexualidade não se escolhe, não a optamos como quem decide por um produto na prateleira de um supermercado. Ela é uma expressão humana orientada culturalmente.



Gosto muito do conceito de “espectro” sexual que por sua vez abraça o conceito de orientação sexual . Ora, apesar de orientados sexualmente, o indivíduo pode transitar pelo espectro sexual que é plural. Ou seja, transitamos nas mais diversas expressões sexuais ao longo da vida.

Quem nunca beijou a coleguinha do mesmo sexo; ou roçou no amigo do mesmo sexo e ainda assim não teve dúvidas que se atrai pelo sexo oposto? É certo que esse trânsito não é tão simples, não fosse pelas violentas pressões sociais. Vivemos num tempo, no qual a heterossexualidade é uma expressão hegemônica, uma vez que é imposta violentamente como um .

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