Minha babá Noreen usava longas unhas de acrílico pintadas de rosa metalizado que, para meu “eu” de 5 anos, eram o símbolo do glamour. Adorava observar suas mãos enquanto preparava um queijo-quente, penteava o cabelo com os dedos usando mousse com aroma de melancia ou torcia o fio do telefone enquanto batia papo com seu namorado, Gene. Mesmo quando uma de suas unhas quebrou e ela teve que segurá-la no lugar com uma fita, eu ficava em êxtase por conta do je ne sais quoi de ser uma mulher com unhas para exibir, e tentava imitá-la colocando morangos nas pontas dos meus dedos.

Apesar de a minha mãe artista ter sido uma clean girl antes de haver um nome para a estética – usando ternos de caimento folgado da Comme des Garçons e cortando suas unhas curtíssimas –, eu colecionava esmaltes e os enfileirava no parapeito da janela do meu quarto como se fosse a orgulhosa proprietária de um verdadeiro arco-íris. No colegial no Brooklyn, unhas longas enfeitadas com cores do pôr-do-sol ou desenhadas com marcas de pneu de caminhão se tornaram um acessório desejado. Assim como tantas coisas boas, as nail arts foram adotadas da estética hip-hop, principalmente dos looks de personalidades como Lil’ Kim e Foxy Brown, que tinham como stylist Misa Hylton, e influenciaram todos nós nos anos 90 – e ainda influenciam.

Nos meus 20 anos, continuei a associar unhas elaboradas com expressão pessoal. E, nos salões de nail art em Nova York, assistia com inv.