No primeiro quadrimestre de 2024, a Botti cresceu 91%, quando comparado ao mesmo período de 2023. Nem na mais otimista de suas projeções, a designer paulistana Bruna Botti imaginaria que, uma década mais tarde, produziria, mensalmente, a mesma quantidade de calçados que vendeu no ano de estreia da marca: 1.500.

Sapatos com design atemporal, confortáveis, feitos à mão, confeccionados com materiais como couro, palha, crochê, que brincam com trançados, canutilhos e transparências são o segredo por trás dos números da grife. Seja nas passarelas – como em uma recente colaboração com Airon Martin , apresentada durante o último desfile da Misci, em abril – ou nas prateleiras das duas lojas da marca, ambas em São Paulo, as criações de Bruna não se encaixam em um calendário de coleções. “No início de maio, eu já tinha botas para o inverno, mas não fazia sentido divulgar a novidade enquanto fazia 32oC em São Paulo.

Destacamos então modelos com pegada de alto verão”, conta. Faça frio ou muito calor, duas peças seguem como best-sellers: a rasteira Rapunzel, com uma trança fofinha que abraça o pé, e a sandália Laura, de tiras largas com fechamento traseiro. Formada em moda pela Santa Marcelina e com especialização no Fashion Institute of Technology de Nova York, Bruna já contabilizava quase dez anos de experiência no mercado antes de partir em voo solo.

Ao trabalhar junto à equipe de estilo de grifes.