Um artigo publicado em julho na revista científica The Lancet revelou que quase metade dos casos de demência poderia ser prevenido se a população eliminasse 14 fatores de risco. O estudo examinou a presença global da doença e destacou sua ligação com outras condições médicas e comportamentos prejudiciais à saúde. A partir disso, os especialistas desenvolveram uma lista de recomendações para que lideranças tenham mais ferramentas para estabelecer políticas públicas favoráveis à longevidade .

Diante de uma população com expectativa de vida cada vez maior, os problemas relacionados ao declínio cognitivo estão se tornando mais frequentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 55 milhões de pessoas vivem atualmente com demência — e a projeção é de que esse número triplique até 2050. A doença é a sétima principal causa de morte e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos em todo o mundo.

Os números alarmantes e os gastos anuais com pacientes de demência — que, em 2019, somaram um custo global de 1,3 trilhões de dólares, segundo a OMS — têm levado uma grande quantidade de pesquisadores e cientistas a buscar soluções que ajudem a adiar ou até evitar a chegada a doença, que é caracterizada pelo declínio de funções cerebrais como memória, raciocínio e linguagem. Em 2020, a Comissão Lancet divulgou um relatório que listava.