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Um artigo publicado em julho na revista científica The Lancet revelou que quase metade dos casos de demência poderia ser prevenido se a população eliminasse 14 fatores de risco. O estudo examinou a presença global da doença e destacou sua ligação com outras condições médicas e comportamentos prejudiciais à saúde. A partir disso, os especialistas desenvolveram uma lista de recomendações para que lideranças tenham mais ferramentas para estabelecer políticas públicas favoráveis à longevidade .

Diante de uma população com expectativa de vida cada vez maior, os problemas relacionados ao declínio cognitivo estão se tornando mais frequentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 55 milhões de pessoas vivem atualmente com demência — e a projeção é de que esse número triplique até 2050. A doença é a sétima principal causa de morte e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos em todo o mundo.



Os números alarmantes e os gastos anuais com pacientes de demência — que, em 2019, somaram um custo global de 1,3 trilhões de dólares, segundo a OMS — têm levado uma grande quantidade de pesquisadores e cientistas a buscar soluções que ajudem a adiar ou até evitar a chegada a doença, que é caracterizada pelo declínio de funções cerebrais como memória, raciocínio e linguagem. Em 2020, a Comissão Lancet divulgou um relatório que listava 12 fatores de risco para a demência. A atualização deste ano, que foi publicada no novo estudo, incluiu evidências promissoras sobre a prevenção, intervenção e tratamento da doença.

"Novas evidências incluem a perda de visão e o aumento do colesterol como fatores de risco associados à demência, além dos 12 fatores já identificados no relatório de 2020", destaca a organização responsável pelo artigo, composta por 27 cientistas de diferentes partes do mundo. Veja quais são eles: Baixo nível educacional: Garantir que uma educação de boa qualidade esteja disponível para todos e incentivar atividades que estimulem as funções cognitivas na meia-idade. Colesterol alto: Detectar e tratar o colesterol LDL (conhecido como colesterol "ruim") elevado a partir da meia-idade.

Consumo excessivo de álcool: Reduzir o consumo excessivo de álcool por meio do controle de preços e aumentar a conscientização sobre os riscos do hábito. Depressão: Tratar a depressão de forma eficaz. Diabetes: Prevenir o diabetes.

Falta de atividade física: Promover o exercício físico, pois pessoas que praticam esportes e exercícios têm menor probabilidade de desenvolver demência. Falta de contato social: Priorizar ambientes de socialização e reduzir o isolamento facilitando a participação em atividades de convivência com outras pessoas. Hipertensão: Prevenir ou reduzir a hipertensão e manter a pressão arterial sistólica em 130 mm Hg ou menos a partir dos 40 anos.

Lesões graves na cabeça: Incentivar o uso de capacetes e proteção para a cabeça em esportes de contato, bicicletas e motocicletas. Obesidade: Manter um peso saudável e tratar a obesidade o mais cedo possível, o que também ajuda a prevenir o diabetes. Perda de audição: Tornar os aparelhos auditivos acessíveis para pessoas com perda auditiva e reduzir a exposição a ruídos prejudiciais.

Perda de visão: Tornar a identificação e o tratamento da perda de visão acessíveis para todos. Poluição do ar: Reduzir a exposição à poluição do ar. Tabagismo : Reduzir o consumo de cigarros por meio de educação, controle de preços e prevenção do tabagismo em locais públicos, além de tornar acessível o acompanhamento psicológico para tabagistas.

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